A psicologia como aliada à gestão de risco em desastres

Bruno Souza de Albuquerque, Giovanni Matiuzzi Zacarias

Resumo


O presente artigo científico se propõe a abordar a atuação dos profissionais da psicologia no âmbito dos desastres, trazendo, em um primeiro momento, um pequeno contexto histórico e, em seguida, breves apontamentos sobre o que podem fazer nopré-impacto, impacto e pós-impacto. Os primeiros estudos de que se tem registro em relação a emergências e desastres estão interligados intimamente com as guerras mundiais, quando começou-se a falar sobre o estresse pós-traumático. O foco, no entanto, era entender como as pessoas reagiam durante os desastres, relegando pouca importância ao acompanhamento dos indivíduos nos momentos posteriores. De acordo com Assis e Ferreira (2013), no Brasil, o primeiro atendimento psicológico focado em vítimas de desastres foi em Goiânia, durante o incidente com o material Césio-137. No pré-desastre, deve-se enfatizar a criação de redes de apoio para enfrentar os eventos adversos e auxiliar a divulgação de informação para que a população tenha sua percepção de risco modificada, entendendo o que pode acontecer e como mitigar os riscos. Já durante uma situação crítica como a de um desastre, é necessário que a equipe responsável pela saúde mental utilize meios e práticas de orientação à população afetada com vistas a aumentar a resiliência individual e coletiva, e também criar estruturas comunitárias, de modo a proporcionar estabilidade, interação e coesão. Finalmente, as ações aplicadas no pós-desastre têm por objetivo avaliar o sofrimento psíquico e atender as vítimas, bem como angariar dados para que atuações futuras sejam mais eficientes. Concluindo, os psicólogos podem atuar anteriormente ao desastre, desenvolvendo planejamentos; durante o desastre, atendendo a população; ou após o desastre, realizando estudos para otimizar a prevenção e a resposta em um próximo evento adverso.


Palavras-chave


Psicologia, Desastre, Risco.

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